Cuidados em salões de beleza podem evitar transmissão de Hepatite B

Uniformes e luvas são itens obrigatórios, complementados sempre pela esterilização em autoclave de cortadores de unha e alicates de cutícula e a higienização das mãos entre uma cliente e outra. Apesar de criteriosa, é o modelo ideal de atendimento para se evitar a transmissão de doenças neste que é um dos ambientes preferidos das mulheres.

Todos os procedimentos de higiene em salões de beleza devem seguir normas técnicas que evitam desde a transmissão de uma simples micose até doenças virais como o HIV e hepatites B e C. Para assegurar a sanidade dos estabelecimentos, a Vigilância em Saúde da Prefeitura de Francisco Beltrão está intensificando a fiscalização aos salões de beleza e manicures autônomas.

Um dos principais itens observados é o cumprimento da resolução 700/2013 da Secretaria de Estado da Saúde, que exige a esterilização de produtos como espátulas e alicates de cutícula em autoclave e não mais em estufa.  “Entendemos que o autoclave é uma exigência relativamente nova, não tão barata e que o aparelho necessita de conhecimento técnico para ser manuseado, mas, por outro lado, precisamos fazer com que todas as manicures e salões atendam a resolução e se adéqüem para oferecer um serviço com qualidade e segurança”, explica a inspetora sanitária Karenina Cioatto.

A autoclave é um aparelho que faz a esterilização dos instrumentos usados por manicures para garantir a eliminação de quaisquer microorganismos. Todo o processo de higienização envolve a limpeza e desinfecção dos produtos antes da esterilização e o armazenamento adequado, além do controles que asseguram a eficácia do aparelho. O equipamento custa quase R$ 2 mil.

Silenciosa, hepatite B atinge duas vezes mais que HIV

O Sudoeste e Oeste do Paraná são consideradas regiões endêmicas de Hepatite B, atingindo mais pessoas que o HIV.

O principal problema da Hepatite B é sua discrição: silenciosa, a doença não apresenta sintomas aparentes em seu estágio inicial e sua identificação é quase sempre feita de forma ocasional. “Geralmente as pessoas descobrem que estão infectadas quando vão doar sangue ou durante a gestação”, explica a coordenadora do Sae/CTA, Lia Henke.

Dos quase mil pacientes atendidos pelo serviço com hepatite B, apenas 75 são tratados com medicação, que chega a custar R$ 1.500 mensais e é dada quando a doença está em estágio de alta carga viral.

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